Sou extremamente culta. Gosto de uma boa música, de livros e de poemas. Sou palavra e som. Notas dissonantes me fazem a cabeça. Procuro desvelar aquilo que está oculto. Provoco liames de sentido. Sempre reinauguro aquilo que já se havia conhecido. Para mim, a leitura uniforme é pobre. Pode ser que não comunguemos da mesma ideia, mas para isso existe a transmutação de correntes; A leitura é trampolim. Supera as amarras. Supre carências. Promove a ludicidade e o deleite. Se você não lê, é obsoleto. Do contrário, é profícuo.


Andressa.
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21.3.11

Para o rapaz do circo.

Ainda estou surpresa com o reencontro. Minha vida tem andado tão distraída, eu a tenho enchido com tantas capas que esqueci da sua presença e ignorei sua serena e constante felicidade. "Sorriso", é assim que lhe chamavam.
É certo que passei de você. Não tinha observado o "bom dia" nem o aperto de mão na minha mesa de trabalho, talvez por estar com tantos "alguéns" e ninguém em especial. Mas eu quis escrever sobre você, rapaz do circo, que fez malabares com as minhas canetas, rs. É bem verdade que você nasceu lá, no picadeiro da emoção, escolheu ser livre, aproveitar todas e cada uma das oportunidades, umas certas, outras não. Eu sei que ali, embaixo de tantas lonas e cores, você dedicou-se a fazer, a conseguir, a conquistar, a triunfar.
Conheço pouco de você, mas parece-me tão equilibrado quanto quando andas na corda bamba. Sei também que era tudo tão belo, tão intenso, tudo lhe completava tanto, mas o tempo passa. E passou.


Eu te prometi escrever.
Ainda o verei lá, de volta, rapaz do Picadeiro.


Andressa Oliveira.

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