Sou extremamente culta. Gosto de uma boa música, de livros e de poemas. Sou palavra e som. Notas dissonantes me fazem a cabeça. Procuro desvelar aquilo que está oculto. Provoco liames de sentido. Sempre reinauguro aquilo que já se havia conhecido. Para mim, a leitura uniforme é pobre. Pode ser que não comunguemos da mesma ideia, mas para isso existe a transmutação de correntes; A leitura é trampolim. Supera as amarras. Supre carências. Promove a ludicidade e o deleite. Se você não lê, é obsoleto. Do contrário, é profícuo.


Andressa.
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30.4.11

Análise do Encantamento.

A poetisa expressa suas emoções em imagens fortes e linguagem simples, impregnadas de verdade física e arrebatamento. O eu-lírico utiliza-se de verso livre. Não se baseia em critérios predefinidos, mas em decisões que a poetisa toma intuitivamente, podendo, também, apresentar musicalidade.

Não há metro, há apenas ritmo.



Andressa Oliveira.

28.4.11

Luiza - Vinícius de Moraes e Tom Jobim

Rua,
Espada nua
Boia no céu imensa e amarela
Tão redonda a lua
Como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento
Um trovador, cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer Luiza
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado
Um aprendiz do teu amor
Acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração
Vem cá, Luiza
Me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza
Dá-me tua boca
E a rosa louca
Vem me dar um beijo
E um raio de sol
Nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luiza
Luiza
Luiza

11.4.11

Como sobreviver a este mundo com filosofia.

Tenho vivido dias difíceis. Tenho dificuldades de ceder tempo, espaço e presença à outra pessoa. 
Percebi a poucos dias que é necessário ver a autenticidade dos atos de amor.
É preciso impor limites. O bom do lado mau é que você aprende a conhecer a si mesmo experimentando.
As experiências ruins devem ficar para trás. É difícil recomeçar e fazer as coisas de uma forma menos comprometedora.
Percebi também que o amor pragmático fala mais alto, pelo fato deste não renunciar às emoções, mas de encarar as suas possibilidades verdadeiras. É um amor que já não é tão cego.
Tenho visto tanta coisa mudar que se torna quase comum perceber os diferentes ritmos em que cada um está. O frustrante é que ninguém sente igual, nem da mesma maneira, nem pelas mesmas coisas, nem o expressa da mesma forma.
Necessitei discernir sobre o amor, graças à fragilidade.
Vivi situações de incerteza, de muita vulnerabilidade. 
Geralmente vivemos com a sensação de que somos fortalezas, mas a realidade modesta e humilde faz com que nos dispamos de nossos papéis, nos desmorona de cima a baixo e nos mostra o que ela é: a realidade mais nua e crua.


Quero o amor tal como é: essencial.